Desprazer para qualquer pessoa ouvir falar em Luiz Carlos Prates. Jornalista, radialista e psicólogo, o Me. Reaça lancou mais uma das suas no Jornal do Almoço de ontem (versão catarinense). São cento e quatro segundos de pura ladainha e críticas infundadas com comparações sem sentido. O dito cujo, por fim, conseguiu perder a razão num caso realmente absurdo: o excessivo número de mortes nas rodovias.
A popularização do automóvel, antes de mais nada, é a principal justificativa dada pelo senhor bobalhão em relação aos acidentes. No alto da sua intolerância para com os indivíduos, brada ser incompreensível “qualquer miserável ter um carro”. É o típico reacionário endeusado nos porões da Rede Brasil Sul; a direita representada na sua integralidade. “O sujeito jamais leu um livro, mora numa gaiola que hoje chamam de apartamento, não tem nenhuma qualidade de vida mas tem um carro”, afirma.
Jornalistas como Luiz Carlos Prates normalmente ocupam lugar de destaque em jornais e telejornais da grande mídia. E é aí para onde devemos voltar nossa atenção; perceber que um grupo tipo a RBS até apresenta bom jornalismo de vez em quando, fruto de alguns bons profissionais (contratados não somente por serem bons, mas principalmente por serem necessários). São geradores de audiência, credibilidade e sensação de pluralidade ou democracia. Isso não representa esperança, portanto. Representa a perpetuação da imprensa golpista, que tem em fulanos como esse tal de Prates o seu porta-voz. Por quê?
O jornalismo, que teoricamente está aí para defender a população como um todo, faz questão de sempre favorecer a já favorecida classe alta. E deveria ser o contrário. Raramente vemos um representante da imprensa dominante agir em prol do povo. Jornais impressos “populares” como o Diário Gaúcho, criados por essas empresas estúpidas com a desculpa de representar o pobre, acabam por emburrecê-lo, favorecendo o jornalismo porco praticado nos grandes canais de televisão e trazendo mais lucro no bolso de famílias como a Sirotsky.
Mas pobres estão aí para serem subestimados mesmo. RBS trabalha para aquele que sente nojo do pobre. Aquele que já está puto da cara por ter que aturar pobre andando de avião, estudando em universidade e, agora, dirigindo carros nas estradas. Luiz Carlos Prates é assim. Normal para alguém que defende a ditadura militar. Acha que pobre é miserável, no sentido mais pejorativo da palavra. Acha que é desgraçado. Explana o ódio; coloca a culpa nas relações interpessoais. Por coincidência, terminei de ler um livro ontem… me sinto livre para pegar um carro e atropelar esse senhor. Para o bem da humanidade.
giovani
18/11/2010
O senhor Luiz Carlos Pratez foi muito infeliz neste comentario racista, desrespeituoso e ignorante, porque em vez de culpar apenas o Estado por não dar condições suficientes para a crescente população de automoveis e culpar as autoridades por não sinalizar como devia as estradas e comentar a falta de educação no transito, colocou a culpa nos menos favorecidos financeiramente como diz o pobre, que nao tem qualidade de vida, vive em apartamento como gaiola e blablabla, estou indignado com este tragico comentario deste pobre comentarista, que senti odio dos menos favorecidos.
A educação não esta na quantidade de dinheiro, bens e poder aquisitivo, mas vem de berço e esta em cada um de nos, tanto rico como pobre pode ser mal educado.
Alfeu Matera
19/11/2010
Estúpido é esse tipo de pensamento de parte da classe média alta que não suporta ver o país se desenvolvendo com um POUCO mais de igualdade social.
Esse tipo de gente sente sua auto-estima diminuída, já que supervalorizam o status que, acreditam, podem dar os bens de consumo.
Tais estúpidos se sentem menores ao verem que mais gente tem acesso ao que, antes, era privilégio de poucos.
Joca
14/01/2011
he,he…Macartismo às avessas… “a real democracia de se tolerar o politicamente nao correto”???? o problema nao é o mensageiro, mas sim a mensagem…no fundo as pessoas sabem que ele tem razao quando comentou sobre o caso do incentivo à compra de carros. A maioria dos brasileiros prioriza sim coisas materias à educacao e melhoramento pessoal. Sad but true..nao adianta “focar” em palavras como “miseráveis”, “pobres” etc…nao é esta a mensagem..vcs sabem disso. É aquela coisa…é mais fácil jogar o pó embaixo do tapete do que levantá-lo e batê-lo pela janela….o cara “pagou o pato” para que o “status quo” da mediocridade se mantenha